O poeta Manoel de Barros, morreu nesta
quinta feira(13) aos 97 anos em Campo Grande, o falecimento ocorreu as
08h05min, por falência de múltiplo órgãos.
Manoel
Wenceslau Leite de Barros era advogado, fazendeiro e poeta. Nasceu em Cuiabá no
dia 19 de Dezembro de 1916, no Beco da Marinha às margens do Rio Cuiabá. Seu
primeiro livro " Poemas concebidos sem pecado" foi publicado
em 1937, em 2011 seu ultimo volume "Escritos em verbal de
ave" e 2013 "Portas de Pedro Viana".
Em 1966 Manoel ganhou o prêmio nacional de poesias com "Gramática
Expositiva do Chão". Já em 1998, levou o Prêmio Nacional de Literatura do
Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra. Ao longo de sua carreira, ganhou
o Prêmio Jabuti por duas vezes, em 1990 e 2002, com as obras " O
guardador de águas" (1989) e "O fazedor de amanhecer"(2001). Em
2000 foi premiado pela Academia Brasileira de Letras.
Manoel era ocupante da cadeira número 1 da Academia Sul-Mato-Grossense de
Letras. Foi considerado o maior ou um dos maiores poetas do Brasil, sendo um
dos mais aclamado nos círculos literários do seus país. Seu trabalho tem sido
publicado em Portugal, onde é um dos poetas contemporâneos brasileiros mais
conhecidos, na Espanha e na França.
Obras literárias:
- 1942 — Face imóvel
- 1956 — Poesias
- 1960 — Compêndio para uso dos pássaros
- 1966 — Gramática expositiva do chão
- 1974 — Matéria de poesia
- 1980 — Arranjos para assobio
- 1985 — Livro de pré-coisas
- 1989 — O guardador das águas
- 1990 — Gramática expositiva do chão: Poesia quase toda
- 1993 — Concerto a céu aberto para solos de aves
- 1993 — O livro das ignorãças
- 1996 — Livro sobre nada
- 1996 — Das Buch der Unwissenheiten - Edição da revista alemã Akzente
- 1998 — Retrato do artista quando coisa
- 2000 — Ensaios fotográficos
- 2000 — Exercícios de ser criança
- 2000 — Encantador de palavras - Edição portuguesa
- 2001 — O fazedor de amanhecer
- 2001 — Tratado geral das grandezas do ínfimo
- 2001 — Águas
- 2003 — Para encontrar o azul eu uso pássaros
- 2003 — Cantigas para um passarinho à toa
- 2003 — Les paroles sans limite - Edição francesa
- 2003 — Todo lo que no invento es falso - Antologia na Espanha
- 2004 — Poemas Rupestres
- 2005 — Riba del dessemblat. Antologia poètica — Edição catalã (2005, Lleonard Muntaner, Editor)
- 2005 — Memórias inventadas I
- 2006 — Memórias inventadas II
- 2007 — Memórias inventadas III
- 2010 — Menino do Mato
- 2010 — Poesia Completa
- 2011 — Escritos em verbal de ave
- 2013 — Portas de Pedro Viana
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