Deodoro da Fonseca ficou conhecido por ter liderado a Proclamação da República e por ter sido o primeiro presidente do Brasil. O alagoano Manuel Deodoro da Fonseca é uma das personagens históricas mais importantes da História do Brasil. Nascido em 5 de agosto de 1827, Deodoro da Fonseca seguiu carreira militar no Exército Brasileiro e atingiu o maior posto na hierarquia dessa instituição, isto é, o posto de marechal. Deodoro notabilizou-se por ter sido o líder do golpe militar de 15 de novembro de 1889 que deu origem à República no Brasil e também pelo fato de ter sido ele o primeiro presidente do regime republicano.
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Formação militar e monarquismo
Filho de militar, Deodoro da Fonseca
seguiu ainda muito cedo a carreira do pai. Aos 21 anos já era cadete de
primeira classe e participou de sua primeira operação militar: um sufocamento
à Revolução Praieira, uma revolta de
tendência liberal promovida no estado do Pernambuco, em 1848. Durante as
décadas seguintes, principalmente na década de 1860, Deodoro serviu fielmente
ao regime monárquico. Uma de suas maiores façanhas foi ter comandado o
segundo Batalhão de Voluntários da Pátria, a partir de 1865,
durante a Guerra do Paraguai.
Na década de 1870, Deodoro foi
designado Coronel Comandante do Regimento Mallet no Rio Grande do Sul e,
depois, brigadeiro para atuar na Fronteira de Livramento-Quaraí. Em 1885,
voltou para o Rio Grande do Sul, nomeado agora Comandante das armas – tendo, um
ano antes, obtido a patente de marechal de campo. Em 1886, Deodoro assumiu o
posto de Presidente interino do Rio Grande do Sul, época em que se tornou um
dos protagonistas da crise institucional entre os militares e o gabinete
imperial, então liderado por Barão de Cotegipe.
Essa crise indispôs os líderes
miliares com políticos civis até o ano da Proclamação da República. Aliás, foi a hipótese de
que um dos desafetos de Deodoro, o senador Silva Jardim,
assumiria a liderança do Gabinete, após Cotegipe e Ouro Preto, que levou o marechal a juntar-se aos partidários
da causa republicana, mesmo sendo ele amigo pessoal do imperador D. Pedro II.
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Revolta contra o gabinete imperial e o “15 de
novembro”
Deodoro foi incitado por militares e civis republicanos a apoiar, com
sua autoridade de comandante, a derrubada do gabinete imperial. Vejamos como
isso ocorreu, segundo o historiador Boris Fausto:
“Em 11 de novembro de 1889, figuras civis e militares, como Rui Barbosa,
Benjamin Constant, Aristide Lobo e Quintino Bocaiuva reuniram-se com o Marechal
Deodoro, tratando de convencê-lo a liderar um movimento contra o regime. A
participação de Deodoro era importante como figura conservadora e de prestígio
no Exército. Ele resistia por ser amigo do Imperador e não gostar da presença
de paisanos na conspiração. O problema lhe parecia de ordem estritamente
militar. Mas uma série de boatos espalhados pelos jovens militares, falando da
prisão de Deodoro, da redução dos efetivos ou mesmo da extinção do Exército,
levou Deodoro a decidir-se pelo menos a derrubar Ouro Preto.”
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